Regressamos e
questionamo-nos de como começar, recorremos a alguns escritos que entretanto
tínhamos recolhido e folheando fomos seleccionando alguns que iremos
transcrever dando alguma roupagem pessoal:
Como também nos propusemos falar
de pessoas que por muito simples e modestas que sejam ou fossem, mas que a sua
intervenção na sociedade Avintense mereçam de nossa parte o reconhecimento
devido.
Hoje vamos
falar (Á NOSSA MANEIRA) do Sr. Joaquim Lima Magalhães:
Um “Avintense” que não era
natural de Avintes, matosinhense de quatro costados adoptou Avintes para fazer
a sua vida; migrou muito cedo para aquela que seria a sua “Terra” e onde
construiu a sua vida e a quem deu tudo o que lhe pediram:
Homem de “tertúlias”,
envolveu-se facilmente na “sociedade” frequentador do Clube Recreativo, dos
Plebeus e particularmente do velho café “Marina”local de encontros e
reencontros e onde se falava dos mais variados temas de interesse comunitário.
Foi-se integrando facilmente o que iria ajudar a fazer amigos que viriam a
sustentar a sua relação com o
associativismo Avintense, um homem que não era letrado mas que se mantinha
sempre actualizado através da leitura e com as “conversas” que sempre fez
questão de manter com “Clientes” e “Amigos”.
Num meio ainda muito
fechado, as colectividades tinham uma influência enorme na relação entre as
pessoas, a paixão que tinha pelo futebol, levou-o muito cedo a “gostar” e
manter-se muito próximo do F.C. Avintes e dos seus amigos jogadores e
dirigentes, facilmente apanhou o “bichinho” e alguns anos após o “tirocínio”
levou-o a assumir os destinos do Clube.
Foi dirigente da
colectividade variadíssimas vezes nos anos 60/70/80 e 90 onde ganhou e perdeu, com uma intervenção muito
pessoal, sempre pôs os interesses da colectividade acima de qualquer “gestão”
menos equilibrada. Á sua maneira tirou algumas vezes o clube de situações mais
complicadas e sempre que o desafio lhe era posto e em defesa dos interesses do
Clube “NUNCA DIZIA QUE NÃO”.
Memorizamos a pessoa e os
feitos, Vice - campeão em 94/95, Campeão
68/69, 90/91 e 97/98. Delegado na Associação Futebol do Porto em 92/93 como
representante do F.C. Avintes,”Activista” confesso da União de Clubes de Gaia, Sempre o conhecemos ligado directa ou
indirectamente aos melhores momentos do Clube, ficou vincada a sua participação
e colaboração ao monumento ao ATLETA e muito particularmente aos vários ciclos
da construção do novo Estádio.
Pessoa de carácter muito
próprio, assumia as divergências de peito aberto, provavelmente nem sempre
compreendido e até quem sabe sem razão o que por vezes lhe teria trazido alguns
dissabores pessoais e desportivos.
Conhecedor e prestigiado no
“fenómeno” do futebol, os anos de dirigente, as pessoas com quem foi
trabalhando, a sua relação com a Associação de Futebol do Porto, permitiam-lhe
a experiência que sempre pôs ao serviço do seu F.C. Avintes.
Deixou-nos
muito cedo e a sua partida prematura roubou um “HOMEM” que se estivesse entre
nós “Muitas coisas seriam diferentes”.
Uma singela homenagem, ao
trazer à vossa memória uma pessoa que sempre procurou a descrição, a
simplicidade e a modéstia mas a quem o F.C. Avintes e os Avintenses muito devem.
o KusKas
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